quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Infância


...Jogávamos futebol, pulávamos corda, brincávamos de pega-pega, esconde-esconde, mas, do que eu mais me recordo, são daquelas noites em que, em meu quarto, eu decolava para vários lugares, devastando mundos, lutando contra monstros e dragões ou então...
Esse foi um diálogo que eu ouvira há muito tempo quando estava em um ônibus a caminho de minha casa por duas pessoas de mais ou menos trinta anos e eu cuidadosamente vim a lembrar dos meus belos e malandros dias de infância.
Vivíamos a pular muros, soltar pipas, jogar peladas e comer frutos de árvores e graças a Deus tive esse “período” em meu passado, pois esta seria a base de meus futuros desejos e a volta a ela, sempre me traria a mais completa alegria em meus tristes momentos de solidão.
É, meus caros amigos e amigas, fico feliz de possuir estas reminiscências, pois hoje com meus... deixem  pra lá, a idade que hoje tenho de nada importa, importa sim o que tive de mais belo nesta medíocre vida...a infância.
Hoje, resta-me apenas o lamento por não ter pegado mais algumas ameixas, de não ter, por mais noites, ficado ao pé de uma fogueira com meus amigos, não ter brincado com meus brinquedinhos que me levavam ao espaço e faziam-me sonhar que eu poderia mudar o mundo, mudar o Brasil, minha cidade, minha vida...
Apesar das angústias e de tristezas mundanas eu tive algo que muitos jovens de hoje e do futuro não terão; a infância. 
Esta foi uma declaração que Caio de Castro que, sensibilizado com os jovens em uma roda de discussão, ficou decepcionado com o interesse desses por bens materiais, sendo apegados aos prazeres capitalistas deixando de lado sua infância.
Num apartamento na Avenida Paulista morreria Caio de Castro, morreria numa manhã de outono. Ao lado, fotos de quando era criança, na mão direita um terço e na outra uma foto de seu aniversário de sete anos. Morreria de tanto viver.

Rodrigues de Camargo..

Um comentário:

  1. Sem dúvidas.....INFANCIA,...doces momentos, de pura magia e eterna alegria.Tempo de amor, ternura e fantasia verdadeira...pena que passam tão depressa como as águas do rio por debaixo da ponte.Ficam as memórias e os lamentos por tão doces e eternos momentos....
    parabens pela reflexão.profª DI

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